Nos últimos dias estou mais atento aos meios de comunicação.
O motivo? As últimas sondagens de jogadores feitas pela diretoria Botafogo.
Como todo bom torcedor que vê seu clube na última posição da tabela e enxerga um horizonte negro e sem muita esperança, escaldado pelo rebaixamento em 2002, sabendo que ele é perfeitamente possível e extremamente danoso ao clube, fico torcendo para abrir o jornal e ler: "BOTAFOGO SE REFORÇA"
Só que nas últimas semanas, além das tranqueiras de sempre e da já reconhecida incompetência da atual diretoria em negociar reforços, eis que surge o interesse por Zé Roberto, André Lime e, pasmem: Dodô!
Daqui pra frente este que vos fala o chamará de Ricardo Lucas, nome pelo qual este sem vergonha é pouco conhecido. Mas aprendi que malandro não se trata por apelido.
Uma instituição centenária do tamanho e da importância do Botafogo não pode se curvar à quem lhe cospe na cara, quem lhe trata com desrespeito, quem pisa em sua bandeira, em quem não reconhece seu tamanho e sua imponência e se acha maior e mais importante do que a própria instituição.
O Botafogo precisa se dar mais valor, precisa aprender a não se rebaixar.
A volta de Juninho e Lucio Flavio e a permanência do Leandro Guerreiro são a maior prova de que o Botafogo atual busca no passado as soluções para o presente, se esquecendo do futuro.
O simples fato de cogitar Ze Roberto, Andre Lima e Ricardo Lucas corrobora esta situação em que a diretoria do clube nos coloca: coadjuvantes; mulher de malandro.
É absolutamente inadmissível a volta desse crápula, que ao tentar escapar de uma acusação usou como escudo o próprio Botafogo. Deixou que sua esposa, dona Tatiana, falasse por si fazendo um verdadeiro escárnio com a instituição Botafogo F.R.
Omisso, frio e debochado. Passou o fim de 2007 perdendo gols importantíssimos que - até me convençam do contrário - foram de propósito.
O jogo contra o Goiás no maracanã; o jogo contra o Palmeiras também no maracanã; aquele jogo ridículo contra o River...
Teve toda a torcida ao seu lado pela absolvição e mesmo assim tratou o clube com deboche, com falta de profissionalismo, com falta de ambição.
Quando os gols saíam não comemorava. Uma mensagem clara de que estava ali cumprindo contrato. Ou pior do que isso: uma mensagem clara de que não queria o bem do clube, que um gol de vez em quando era mera obrigação.
Saiu e, como todos aqueles que tratam o Botafogo e sua torcida com desdém, não encontrou guarida em outros cantos, até finalmente ser condenado por uma instância superior que reconheceu a inocência do Botafogo nesse caso.
Agora tenta voltar, e a diretoria do Botafogo aceita, corre atrás e não duvido que o receba como mais um "filho pródigo" que à casa retorna. 36 anos, histórico de 3 abandonos (2001, 2002 e 2007). 3 vezes deixando o Botafogo de lado para ser reserva em outros clube e enfim voltar como ídolo, salvador da pátria e dono inquestionável da camisa 7.
O Botafogo parece querer errar pela 4° vez.
Aí ficam as perguntas: que tipo de torcida estamos formando para o futuro? Que tipo de ensinamento sobre o real tamanho do Botafogo F.R. essas crianças e adolescentes que vêem o Botafogo ser tratado como lixo pela diretoria e pelos jogadores terão?