Saiu Ney Franco. Fato a ser comemorado ainda que sua saída tenha sido tardia, uma vez que foi por mim desejada desde o fim da temporada passada.
Mas permanece o time perdedor e descompromissado que este cidadão montou, e que só poderia, talvez, render num sistema de 3 zagueiros entupido de volantes caneleiros como Batista, Leandro Guerreiro, Fahel... Todavia, sem lateral esquerdo (e com o direito maltratando mais a bola do que o meu Bull Terrier em dia de banho), sem meia (e com menos um em campo, afinal Lúcio Flávio não pode ser considerado jogador e Renato é brincadeira de mau gosto) e com um ataque pavoroso e chinelinho que ele insistia em glorificar.
E há quem diga: "Ruim com Ney Franco; pior sem ele".
Mas boa parte da culpa pela montagem desse elenco atual é dos pedidos infundados deste técnico que fez o mesmo em 2007 treinando o lixo.
No pequeno mundo encantado do cantor romântico de cabaret, só existe Ipatinga, time B do Cruzeiro (que parece um pleonasmo) e as porcarias com as quais ele já trabalhou espalhadas por times medíocres por aí.
Ah, tem também os reservas dos reservas que aqui viraram titulares absolutos, donos da braçadeira de capitão, "filhos pródigos", salvação da lavoura.
Pode parecer um argumento reducionista, vá lá, mas não me surpreende o fato de o único jogador que realmente deu certo nesse grupo todo, o Maicosuel, nunca tenha jogado sob o comando desse treinador, nem tenha vindo por indicação dele.
Será difícil para qualquer técnico fazer render o elenco que o "manager" Ney Franco montou (com o aval da diretoria) e agora deixou pra trás.
Se com o elenco pedido pelo ex-técnico e treinado por ele até ontem estamos na situação em que estamos, quem, por melhor que seja, será capaz de fazer esse elenco limitado, descompromissado render em campo?
É com legado negativo atrás de legado negativo que o Botafogo vai sobrevivendo, a trancos e barrancos.
O prêmio por todo esse trabalho digno de uma surra de gato morto até o gato miar? Salários em dia e R$ 200 mil pela rescisão. Além da gratidão da diretoria que até o último minuto fechou os olhos para a incompetência desse perdedor, tentando, provavelmente, esconder a sua própria incompetência.
Não há dúvida, meus caros: o ano será negro.